quarta-feira, 18 de novembro de 2009

esconderijo noturno

Bem que o sol, só por hoje, podia não nascer.
E assim permaneceria embalada por esse silêncio inviolável horas a fio,
Preenchida apenas pela solidão da madrugada,
Sentindo da janela a lua que pálida acalenta, ainda que encoberta.
Sinto, lá fora, apenas os tortos passos dos loucos, bêbados e poetas que andam pela rua a vagar, livres, em paz.
Só por hoje, quero eu também caminhar calmamente nas linhas tortas desses noturnos pensamentos, livremente sossegar.
Ficar apenas assim solta, assim só nesse esconderijo que teci, nada mais.

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